25 de julho – Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra e Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha
DIA NACIONAL DE TEREZA DE BENGUELA E DA MULHER NEGRA & DIA INTERNACIONAL DA MULHER NEGRA LATINO AMERICANA E CARIBENHA
Dia 25 de julho é data para
celebrar o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra. As mulheres
carecem de heroínas negras que reforcem o orgulho de sua raça e de sua história
e nada mais justo do que a homenagem a Teresa de Benguela, que foi uma líder
quilombola que viveu em lugar incerto, mas sabe-se que o Quilombo do Piolho, no
qual liderou, estava às margens do rio Guaporé, localizado na cidade de Vila
Bela da Santíssima Trindade, atual estado de Mato Grosso.
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Tereza de Benguela ficou
conhecida em seu tempo como “Rainha Tereza” e viveu no século XVIII no Vale
do Guaporé, no Mato Grosso. Ela liderou o Quilombo de Quariterê após a morte de
seu companheiro, José Piolho, morto por soldados. Segundo documentos da época,
o lugar abrigava mais de 100 pessoas, com aproximadamente 79 negros e 30
índios. O quilombo resistiu da década de 1730 ao final do século. Tereza foi
morta após ser capturada por soldados em 1770.
Sua liderança se destacou com a
criação de uma espécie de Parlamento e de um sistema de defesa. Ali, era
cultivado o algodão, que servia posteriormente para a produção de tecidos.
Havia também plantações de milho, feijão, mandioca, banana, entre outros.
Governava esse quilombo a modo de parlamento, tendo para o conselho uma casa destinada, para a qual, em dias assinalados de todas as semanas, entravam os deputados, sendo o de maior autoridade, tido por conselheiro, José Piolho, escravo da herança do defunto Antônio Pacheco de Morais. Eram chamados pela rainha, que era a que presidia e que naquele negral Senado se assentava, e se executavam à risca, sem apelação nem agravo.
Após ser capturada em 1770, Tereza de Benguela foi morta. Teve a cabeça decepada e foi exposta no meio da praça daquele quilombo, em um alto poste, onde ficou para “memória e exemplo dos que a vissem”. Alguns quilombolas conseguiram fugir ao ataque e o reconstruíram, mesmo assim, em 1777 foi novamente atacado pelo exército, sendo finalmente extinto em 1795.
Gostaria de saber mais sobre essa mulher e sua época? Acesse o link abaixo e saiba mais.
Quilombo do Piolho, Teresa de Benguela e Teatro Negro De: Luciano Cachimbo e Renata Kabilaewatala
sipad.ufpr.br:25dejulhodianacionaldeTerezadeBenguelaeamulhernegra
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