REALIDADE: Depois da crise os ricos voltam ao topo e os pobres...
Os efeitos danosos da grande crise, - recessão que o Brasil atravessou entre 2015 e 2016-, prejudicou tanto os pobres quanto os ricos. Porém, passado três anos do sufoco denominado de "crise do século", percebe-se que o peso maior dos efeitos da crise não foi para os ricos e sim para a população mais vulnerável do país, os pobres.
Segundo um estudo do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/ FGV), os brasileiros mais ricos já superaram essa crise e retomaram o crescimento. Os 10% mais ricos já acumulam um aumento de 3,3% de renda do trabalho e dessa maneira, além de superar as perdas já ganham mais que antes da crise.
A população pobre, ao contrário dos abastados, declinaram ladeira abaixo em mais de 20% da renda acumulada. Segundo o mesmo estudo, as somas dos últimos sete anos, a renda do estrato mais rico aumenta 8,5% e a dos pobres caiu 14%.
O Ibre/ FGV faz um levantamento e conclui que a retomada da atividade brasileira é bastante desigual entre os trabalhadores.
As oscilações na relação entre a renda média do trabalho dos 10% mais ricos e dos 40% mais pobres mostram que, desde 2015, essa desigualdade vem crescendo, e atingiu em março o maior patamar desde 2012, quando começou a ser feita uma série histórica sobre o assunto. O indicador utilizado pelo levantamento é o índice de Gini, que monitora a desigualdade de renda em uma escala de 0 a 1- sendo que, quanto mais perto do 1, maior é a desigualdade. O Brasil atingiu o valor de 0,6257 em março.
Em entrevista ao site EL PAIS, o pesquisador Daniel Duque relata:
"Os mais pobres sentem muito mais o impacto da crise pela vulnerabilidade social e pela dinâmica do mercado de trabalho. Há menos empresas contratando e demandando trabalho, ao passo que há mais pessoas procurando. Essa dinâmica reforça a posição social relativa de cada um. Quem tem mais experiência e anos de escolaridade acaba se saindo melhor do que quem não tem."
Ainda na avaliação de Marcelo Medeiros, vinculada à Universidade de Princenton nos Estados Unidos, para o site EL PAIS:
" A recuperação até agora quase não gera empregos e praticamente só favorece os trabalhadores de renda mais alta. Os mais pobres estão sendo deixados para trás."
A medida em que a classe mais rica ganha e a classe mais pobre perde, se torna desigual, porém a velocidade ao qual isso acontece, gera uma desigualdade ainda maior.
FONTE: EL PAÍS (https://brasil.elpais.com/brasil/2019/06/06/economia/1559851573_724060.html)
Em entrevista ao site EL PAIS, o pesquisador Daniel Duque relata:
"Os mais pobres sentem muito mais o impacto da crise pela vulnerabilidade social e pela dinâmica do mercado de trabalho. Há menos empresas contratando e demandando trabalho, ao passo que há mais pessoas procurando. Essa dinâmica reforça a posição social relativa de cada um. Quem tem mais experiência e anos de escolaridade acaba se saindo melhor do que quem não tem."
Ainda na avaliação de Marcelo Medeiros, vinculada à Universidade de Princenton nos Estados Unidos, para o site EL PAIS:
" A recuperação até agora quase não gera empregos e praticamente só favorece os trabalhadores de renda mais alta. Os mais pobres estão sendo deixados para trás."
A medida em que a classe mais rica ganha e a classe mais pobre perde, se torna desigual, porém a velocidade ao qual isso acontece, gera uma desigualdade ainda maior.
FONTE: EL PAÍS (https://brasil.elpais.com/brasil/2019/06/06/economia/1559851573_724060.html)